quinta-feira, 21 de julho de 2011

Capítulo 1: A união dos heróis e o primeiro problema
Noite do dia 30 de Ches de 1479 DR – Inverno de Faerûn

Depois de saírem do castelo e de tomarem conhecimento dos problemas de Everlund Nyx e Alef pegam o caminho até a taverna, durante o caminho que fazem pela cidade começam a perceber como Everlund é bonita, a cidade tem ruas agradáveis e arborizadas, as casas são de pedra , suas paredes são baixas e canteiros para flores se espalham por todo o lugar (quando a primavera chegar eles estarão muito bonitos), os telhados são em forma de triângulo levemente côncavo o que dá um aspecto bucólico e pitoresco às construções de Everlund. A cidade é cortada por muralhas de pedra de 6m de altura com guarnições a cada Km de extensão, um ou dois guardas fardados com a armadura vermelha e estrela dourada, símbolo de Everlund, podem ser vistos nos bairros mais abastados. Ao caminharem pela avenida Denmarck eles se deparam com um monumento fantástico! A estátua de Elizabeth Denmarck, a avó de Lady Alice, que morreu nas batalhas contra os druidas que governavam a antiga Vila do Amanhecer (hoje Everlund). Eles atravessam os portões das muralhas do distrito do Ouro Verde, e passam para o distrito da Caneca Rachada, quando sua visão muda completamente, as casas tem a mesma graça da dos outros distritos, contudo são mais apertadas e as ruas são bem mais estreitas, não há ninguém nas nelas... É nesse cenário misterioso que Nyx e Alef vêem uma coisa muito estranha: Vultos rápidos com formas humanas saltam de casa em casa, seriam gatos! Se não fossem tão grandes e assustadores.
-Nyx! Viu isso! – diz Alef se sentindo estranho.
-Vi sim! Não sou cego! Devem estar nos seguindo, Grsh! Como se eu não tivesse problemas o suficiente para uma noite! Yahrg!
-Precisamos nos apressar! Onde é a taverna de Mama Diah!?
-Não sei! VOCÊ é o menestrel! Conhece tudo! Consiga uma solução depressa!
-Está bem. Pelo que está no pergaminho é virando esta rua, descendo a terceira escadaria, virando a esquerda, descendo a primeira à esquerda, pegando à dir...
-CHEGAMOS! – grita Nyx num surto de animação.
A taverna de Mama Diah é uma construção de pedra antiga com dois andares e uma torre cônica e larga. É espremida por duas outras construções, uma casa, e do outro lado um Depósito de grãos. Ao chegar perto da taverna um cheiro doce de comida pode ser sentido, e as luzes e o som (ainda que  tímido) da música primitiva* ecoam no recinto.
-Finalmente! – Alef respira aliviado e dá uma ultima olhada para trás enquanto Nyx entra na Taverna:
-O cheiro é maravilhoso, FOME! – Grita....

A taverna de Mama dia é espaçosa e cheia de tapetes. Um grande Lustre com “2 andares” de velas queimam iluminando os salões animados com a música e as altas gargalhadas. Crianças, velhos, mulheres e homens simples lotam a taverna com suas roupas de camponês e sua expressão de quem já trabalhou muitos anos, mas vivem muito felizes. Três figuras estranhas podem ser notadas: um elfo de cabelos verdes preso num rabo de cavalo, vestido com mantos verdes esfarrapados, forte e com cara de poucos amigos está sentado logo à frente da porta junto a uma criatura muito mais estranha: um homem muito alto, e forte com uma espada enorme nas costas, com um manto vermelho que lhe cobre a cabeça, permitindo que apenas a luz de seus olhos brilhantes seja vista de seu rosto. Ele usa um medalhão dourado com o símbolo de Kelemvor (uma mão esqueleto segurando uma balança, ele é o deus da justiça e ódio conta mortos vivos), ele não bebe nada e está de braços cruzados olhando para o nada. A terceira criatura é de causar arrepios, ainda mais estranha que Nyx e esses dois indivíduos juntos! É vermelho, grande, forte, possui dentes, escamas escarlates e garras afiadas em mãos poderosas que não param de segurar uma espada com o símbolo de um dragão prateado circulando a empunhadura (se você imaginou um homem com cauda, garras e cabeça de dragão, imaginou certo!). Ele está sentado no canto dos Salões e parece sempre muito bravo e não para de olhar para Nyx e Alef. Toda essa visão é interrompida de súbito por uma mulher branca com bochechas e nariz rosados e brilhantes, enormes olhos azuis e um grande sorriso que lhe cobre a face inteira:
-UOH! Boa Noite!  Senhor, em que posso serrrvi-la? Mama Diah, aos seus serrrrviços! Huh! Oh! Que criaturinha mais ... am... er... mais... engrrraçadinha! Mama Diah aperta as bochechas de Nyx, que faz uma cara de desapontamento:
-Da próxima vez que essa gorda velha fizer isso eu a mato com o veneno de Mil escorpiões! – ele resmunga.
-Tenha modos Nyx! Ela só fez carinho em você! – Sussurra Alef, cutucando Nyx com o cotovelo.
-Yargh! Velha! E você bardo, não me dê ordens!
-Sim! Oh! O que vão comerrr?! Ou vieram dormirrr!? O que vai serrr?!
Olhando a situação O elfo cochicha com seu companheiro:
-Que coisa mais estranha esses dois, não acha Grahan?
-Sim Aelar, eles estão fora do conceito das outras pessoas dessa vila, um para mais e outro para menos.
-Você quer dizer o bardo se comporta como um nobre, e o gnomo como um verme peçonhento, não é mesmo?
-Absolutamente. – responde Grahan de Maneira séria.
Nyx corre para um mural cheio de papéis pregados na parede, na mesa perto do homem dragão, enquanto Alef negocia uma mesa, comida e bebida para ele e Nyx. As pessoas olham para Nyx com um misto de espanto e comédia. Ele chega perto do draconato e vira a cara, num tom de desdém. O draconato se espanta, mas mantém a pose. Enquanto Nyx que é muito pequeno, se sente incomodado por não conseguir ler as mensagens no mural.
-Quer ajuda? – Diz o draconato tentando ser amigável. E antes que Nyx pudesse dizer alguma coisa, ele o suspende pela cintura na altura dos papéis.
-Consegue ler agora? – diz o Draconato com uma voz rouca e baixa.
-Não preciso da sua ajuda! Yahrg! – resmunga Nyx se debatendo em sinal de nervosismo.

-Ele é mesmo muito estranho... – salienta Aelar olhando disfarçadamente de sua mesa e esboçando um sorriso.
-Vê a varinha de carvalho negro em sua cintura? – Observa Graham.
-Sim, por quê?
-Ele manipula poderes obscuros, não se deixe enganar pela sua aparência frágil, o mesmo digo do outro que veio com ele. Eles são arcanos, não sei dizer o tamanho de seu poder, mas é melhor ficarmos atentos quanto a eles...

-Izzvenn Barash é meu nome, senhor...? – Pergunta Izzvenn tentando ser educado
-Não perguntei seu nome! Me solte! – Nyx se debate nervoso, então Izzvenn o coloca no chão aplacando sua fúria. Alef se aproxima de Izzvenn dizendo:
-Perdão pelo Nyx, é o jeito dele. Muito prazer senhor draconato, me chamo Alef Drake, sou o bardo!
-Meu nome é Izzvenn Barash do clã Barash de Thymanter. Sou paladino de Bahamut e viajante. É uma honra conhecê-lo.
-A honra é toda minha Izzvenn! – Diz Alef sendo cordial quando Nyx interrompe:
-Deixem disso! Yeck! Vocês não estão vendo, estão pagando para alguém ir à floresta e trazer de lascas de um carvalho negro para poções mágicas.
-Não temos tempo para isso Nyx! Estamos numa missão importante! – Alerta Alef.
-Que missão? Pergunta Izzvenn.
-NADA! – grita Nyx chamando a atenção. Ele olha envergonhado e cochicha com Alef:
-Não podemos falar disso! Yiek! É secreto! Secreto!
-Certo Izzven, porque não se junta conosco para uma refeição. Ali poderemos conversar melhor, não acha?
Alef, Nyx e Izzvenn sentam-se numa mesa perto da de Grahan e de Aelar, quando Mama Diah vê que a bebida deles acabou:
-Hum! Senhorrr Aelar e Senhorrrr Grahan desejam mais algum coisa?
-Não senhora.  Diz Aelar, Mama Diah senta-se à mesa deles:
-Oh! Viram aquele drrraconato? É de meter meda non!?
-Er... Antes que Aelar pedisse gentilmente para Mama Diah deixá-los em paz. Ela retorna a falar:
-Oh! Hum! Eu serrr um grrrande aventurreirrra aposentado e viver nesse taverna... vivi muitos aventurrras... combati drraagões imensas!!!!! Subi em castelos aterrorrrizantes!!!! E desci... – E Mama Diah continua a falar como se não houvesse amanhã... Deixando Grahan e Aelar constrangidos. Enquanto isso um garoto loiro e gorducho questiona a existência de Nyx e Izzvenn:
-Nossa você é mesmo um homem dragão vindo do oeste? E isso ai em cima da mesa é mesmo um gnomo?! Você nasceu de um ovo? Ele é algum tipo de goblin ou outra criatura medonha e pequena?
-Yeeeeck! Maldição! – Nyx puxa o gorro de modo que cubra seu rosto, ele está furioso... 

Já é noitinha, quando a porta da taverna é escancarada! Um vento frio entra pela porta apagando as velas deixando a sala na penumbra com a luz da lareira, junto ao vento surge uma jovem camponesa conhecida dos freqüentadores da Taverna.
-Oh! É apenas o Felícia... Felícia?! – indaga Mama Diah surpresa.
A garota está diferente seu semblante é de ódio, seus olhos possuem uma fúria descomunal, ela parece demasiado forte para uma adolescente e em sua mão ela segura uma tocha.
- Aaaaargh! A garota urra, com uma voz gutural, enchendo todos da taverna de medo, eles ainda tentam chamar pelo seu nome numa vã tentativa de recobrá-la de sua fúria. Felícia segura uma criança pelo pescoço e tenta enforcá-la, mas logo é impedida por Aelar que com reflexos de uma raposa salta em sua direção tentando agarrá-la, mas antes que pudesse fazê-lo... Tarde de mais! Felícia arremessa a tocha nos barris de vinho e um incêndio tem início! Rapidamente todos começam a sair da taverna em pânico, pelas janelas, porta e até pela despensa.
-Rápido! Por aqui! - Grita Alef se juntando ao Draconato para evacuar a taverna.
-Sejam rápidos! Com calma! Sem pânico! – Izzven tenta acalmar os clientes em pânico enquanto tenta organizar a situação.
Aelar segura firme a garota, mas ela está muito forte e quase o arremessa no chão quando Grahan chega para tentar segurá-la também! Ela grita e se debate enquanto é retirada por Aelar e Grahan da Taverna, eles a seguram e a amarram com uma corda bem firme. Todos já estão fora da taverna e olham aterrorizados o fogo consumir a taverna. Logo curiosos chegam de vários lugares para observar e perguntar o que aconteceu. Nessa hora Nyx já se encontra protegido próximo de Aelar, Grahan. Enquanto Alef e Izzvenn chegam:
-Todos estão bem?! – Pergunta Alef.
-Suponho que sim. – Responde Grahan. De repente, um choro de bebê seguido de um grito são ouvidos do andar de cima da taverna.
-Não pode ser! Tem alguém em perigo! – exclama Alef surpreso e antes que pudesse dizer outra coisa Aelar já está correndo para o perigo flamejante, seguido de Izzvenn.
-Ei! Gnomo! Fique aqui e mantenha os olhos atentos na senhorita Felícia – Diz Grahan calmamente.
-Detesto que me dêem ordens! Targh!
-Pare de resmungar Nyx! Eu também vou ajudar! – Exclama Alef Apressando-se e seguindo Grahan com um pouco de receio.
Dentro da taverna os gritos da mulher e seu filho se tornam cada vez mais ecoantes nos corações dos nossos heróis, num ímpeto de coragem, possuindo habilidades ou não eles estão se arriscando no calor de um incêndio.
Aelar usa sua perícia de elfo, seus pés leves e seus reflexos poderosos para ajudá-lo a escapar de ocasionais toras de madeira incandescente que caem do telhado, ele escapa com agilidade até saltar e se esquivar por entre os obstáculos flamejantes, tentando suportar um calor infernal chegando até o corredor dos quartos. Ao mesmo tempo Izzvvenn salta sobre as escadas e as toras que identifica como as mais fortes, para que aguentem seu peso, quando está entre a escadaria e um buraco, o qual deve saltar, ele consegue ver vultos saltando pelo telhado da taverna, embora ache tudo muito estranho ele chega onde Aelar está, e atento para ouvir a voz do garotinho identifica o som vindo dos quartos do fundo do corredor.
-Elfo! Por ali! –Ele grita para Aelar que imediatamente chega ao quarto com Izzvenn. Uma tora de madeira em chamas divide nossos heróis das duas vidas que não devem se extinguir agora.
Enquanto isso, Alef e Grahan vendo que não é possível subir, tentam apagar o fogo nas escadas suportando um calor enorme, para abrir caminho para Izzven e Aelar passarem de volta.
-Temos que abrir caminho para Izzven e Alef! Precisamos de Água! Precisamos apagar o fogo!  Ela deve ter um estoque, um barril... Qualquer coisa que tenha muita água...
-Eu procurarei!  - diz Grahan calmamente apesar da situação.
-E eu usarei o que tenho de melhor para essa situação! – diz Alef se dirigindo para fora:
-Ó povo de Everlund, não fiqueis parados aí! Movam seus corações para uma pobre mulher que vai perder seu filho! Ajudem tragam água de onde puderem! – os curiosos logo se apressam em pegar água. Grahan usa água da taverna enquanto Alef usa água dada pelas pessoas na rua, assim eles conseguem conter o avanço do fogo, logo a taverna cairá e nada restará da taverna de Mama Diah, que só consegue gritar e praguejar desesperada lá fora:
-Maldiçon! Meus investimentos!!!!

Aelar e Izzvenn estão em apuros logo eles morrerão junto com a mulher e seu filhinho inocente, ainda de colo. Apenas alguns minutos se passaram e Aelar num impulso de coragem salta por cima da tora, apoiando seus pés na mobília quebrada que se parte com o leve impacto dos seus pés de elfo. No ar ele segura o que pode: o menino, que a mãe segurava rente a janela para que ele possa respirar, ele segura o menino, atravessa a janela, derrapa e salta pelo telhado caindo em pé, como um gato ao chão se agachando para proteger o menino de colo que chora num surto de vida e inocência.
-Agora posso morrer em paz, irei para o lado de meus antepassados, que meu filho seja bem cuidado! – Proclama a mulher em pranto, ao ver àquela cena, Izzvenn desembainha sua espada e num grito à Bahamut ele parte a tora flamejante ao meio penetrando nas chamas remanescentes heroicamente, envolvendo a mulher muito debilitada em seus braços com o escudo de modo que ela não se queime e volta dando um salto para onde Grahan e Aelar estão com baldes d’água evitando que o fogo se alastre ainda mais. Ele corre para fora da taverna que começa a tremer.
- Rápido! Precisamos sair daqui, está pegando fogo! Vai cair! Vamos companheiro! – Exclama Alef se referindo a Grahan por não saber seu nome.

Do lado de fora as pessoas gritam e aplaudem o ato heróico. Em meio àquela agitação toda, a mulher se aproxima de Aelar que lhe entrega o Bebê.
-Não sei como agradecer o seu heroísmo – Diz a mulher chorosa e feliz com o choro do seu bebê.
-Não agradeça! Não há recompensa melhor do que seu filho e você, é claro, com vida. Izzven acena com a cabeça aprovando o comentário de Alef. Nyx se aproxima:
- Você poderia nos dar algo de valor em troca do seu bebê, dinheiro sempre é bem vindo e vai nos ajudar a ajudar outras pessoas. Shriek! – A mulher tira um anel de ouro das mãos, quando é interrompida pelo gesto de Izzvenn que coloca suas garras sobre as mãos delicadas e pequenas da mulher, ela olha para ele e Aelar, e diz:
- É o mínimo que posso fazer por terem salvado meu bebê.
-Isso mesmo! É o mínimo! – diz Nyx nervoso.
- Absolutamente, não! – diz Grahan colocando um ponto final na discussão. A mulher faz uma reverência e agradece aos heróis mais uma vez, antes de partir. Mama Diah lamenta a perda de sua taverna chorando muito.
-Meu taverna! Arruinado! Arruinado! Que o veneno de mil dragões verdes recaia sobre o garganta de Felícia!
-Ela não tem culpa de nada estava, sobre domínio da fúria mágica. – diz Alef tentando acalmá-la.
Grahan, Aelar, Nyx e Izzvenn se aproximam de Alef.
-O que seria essa fúria mágica? – indaga Aelar
-Eu explico, acho que depois de hoje vocês merecem saber de tudo. – Diz Alef deixando Nyx furioso.
              A noite se estende longa e fria, mas o inverno está se despedindo. Logo chega a primavera e com ela mais histórias de heroísmo.


*Música celta, é muito legal. Procurem por Omnia e Faun, são as bandas que eu conheço e uso nas sessões*

3 comentários:

  1. hahaaaaaa....
    eu ajudei gui a postar esse pooosttttt!!!

    \0/

    suas cronicas tao perfeitas guiii....
    to adorando essa historia...e espero ter maiiiiis

    ^^
    beijooos

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  2. Vejam só! Uma leitora!
    Seja bem vinda, Manu.
    Espero que goste dos contos e q tbm esteja torcendo por um final feliz p/ nossos herois... =]
    Continue acompanhando as estórias e comentando sempre q puder, pois isso com certeza incentivará nosso narrador a relatar cada vez mais!
    Falou!

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