quarta-feira, 27 de julho de 2011

Capítulo 2: Os gremlins vermelhos.



Alef decide contar a Izzven , Grahan e Aelar sua missão de salvar a cidade desse surto de fúria, mesmo contra a vontade de Nyx, o que o deixa nervoso:
-E é por isso que estamos aqui. Somos investigadores e ficamos encarregados de saber o que aconteceu com a praga, tenho certeza que Lady Alice pagará bem, afinal ela é uma Lady. Nyx e eu queremos saber se vocês não querem se juntar a nós... Como um grupo de aventureiros, tenho certeza que as habilidades de vocês são incríveis!
- Eu estou contra tudo o que é maligno e será uma honra juntar-me a um grupo tão nobre! – Anuncia Izzven, colocando as mãos no peito em sinal de honra.
-Por mim tudo bem. – Diz Aelar secamente – Temos negócios a tratar aqui não é mesmo Grahan?
-Absolutamente. – Responde seriamente.

Dia 1 de Tarsakh de 1479 DR – Equinócio de Primavera de Faerûn

O sol acorda nossos heróis com seus raios quentes, é final do inverno e ele começa a aparecer e aquecer as terras do norte timidamente, a chegada do sol anuncia o festival  do plantio e o equinócio de primavera. Os habitantes de Everlund estão tímidos com os acontecimentos recentes e o festival que foi organizado para esse ano foi cancelado, devido aos jovens presos e o medo de acontecer alguma coisa. Os ritos foram reduzidos à individualidade de cada família, templo ou taverna...
Nos salão de entrada da Estalagem Drugnah, construída de madeira com uma bancada e assentos para receber os clientes, os personagens se reúnem:
-Bem meus amigos! Teremos que ir à torre do mago Aborak... Deixe-me pegar o papel... Ah! Aborakius! Dizem que ele pode saber mais sobre essa praga. Mas ele não está lá, fugiu para se tornar um druida na floresta alta. Quem habita a torre é seu pupilo, precisamos encontrá-lo! – Começa Alef com todos os outros no salão, menos Aelar que está parado vendo um anúncio pregado no mural da estalagem.
-O que foi Aelar? – Pergunta Alef.
-Uma tal de Alexia, uma alquimista, precisa de casca de árvore negra para fabricar um estoque de poções, ela paga 40 moedas de ouro pelo serviço. Eu já comi, então irei até lá para acertar os negócios com ela. Você vem Grahan?
-Sim. – Ele responde andando calmamente com Aelar até a saída.
-Então! Iremos à torre?  - Pergunta Alef. Recebendo como resposta um aceno de cabeça de Izzvenn.

As horas se passam junto com o resto do dia, e quando chega a tardinha os personagens se aproximam da torre de Aborákius. A torre tem 3m de uma base rochosa moldada naturalmente, cheia de musgo, com uma escada de madeira em espiral que leva até uma plataforma de pedra onde começa a torre, que tem 18m de altura e vai se afinando até o pináculo, ela tem portas de madeira reforçada e janelas em arco ogival.
- Chegamos, onde será que Aelar e Grahan se meteram... Eles estão demorando!
- Podem estar negociando com Alexia, ainda. – Responde Izzven, que logo é interrompido por Nyx:
-Yeck! Não precisamos esperar por eles. Vamos subir logo!
-Sim! Concordo com o Nyx. Vamos subir.
As portas se abrem quando eles sobem as escadarias, e os heróis se entreolham impressionados. As escadarias vão em direção a outra porta.
-Essa não vai abrir igual à outra? – resmunga Nyx assim que chega à frente da porta e não pode ver através da abertura, que está muito alta.
- Hum! Não sei, vamos bater.  Toc, toc, toc – Alef bate na porta enquanto Izzven fica atento para algum possível perigo, ele nunca esteve na torre de um mago antes.
Passos podem ser ouvidos quando finalmente alguém abre a porta: um garoto aparentando uns 16 anos branco, ruivo, cheio de sardas, vestindo uma roupa azul com chapéu e sapatos pontudos. Ele olha para os personagens assustado:
-O que.. o q... o que vo..vocês estão fazendo aqui?
-Viemos procurar por Aborákius! – Anuncia Alef.
-Hum... ah... – Presto parece não saber o que dizer.
-Porque não nos deixa entrar, para que conversemos melhor? – Sugere Izzvenn
-Ah... Sim! Entrem!
O salão da torre é grande em forma de círculo, abarrotado de bugigangas e apetrechos mágicos e estranhos que congestionam a sala. Uma escrivaninha cheia de pesados livros empoeirados adornam a sala e um corvo está atento observando os personagens que entram cautelosos no salão que aparenta estar vazio, apesar da presença de Presto.
-Como podem ver Aborakius na...não está aqui. Ele se tornou um Druida e agora vive na... Bem! O que vocês querem com ele?
-Queremos saber exatamente o que você ia dizer. –Alef coloca a mão no queixo.
- Queremos perguntar sobre esse surto de fúria que está acontecendo. – Completa Izzvenn. Presto hesita em dizer alguma coisa, o que inflama a ira de Nyx, que puxa o gorro para os olhos em sinal de nervosismo e fica se sacudindo:
- Yeeeck! Vamos! Fale logo! Não seja um maricas!
-Acalme-se Nyx, deixe o senhor Presto pensar. – Alef tenta acalmar Nyx enquanto presto se mostrando assustado diz:
-Aborákius não estava conformado com a vida na cidade. Há alguns meses ele falava coisas sobre maus presságios e decidiu partir para se tornar um druida na floresta alta, ele habita o bosque Lyemberth e faz ocasionais visitas ao povoado de Brinth, depois do rio, especialmente em homenagens ao deus Cernnunnos*. Mais alguma co...co...coisa?
-Não! Era tudo o que precisávamos! Até a vista Presto! – Alef se despede empolgado descendo as escadarias junto a Nyx e Izzven. Este olha para trás:
-Obrigado. – Diz ele cordialmente para Presto, que acompanha os heróis com os olhos atentos e preocupados...

Eles encontram Aelar e Grahan no caminho de volta, durante a noite.
-Já negociamos com Alexia, não conseguimos aumentar o preço da recompensa, mas vamos para a floresta amanhã ao raiar do dia, colher as cascas de árvore. Falaram com o mago? – Pergunta Aelar.
- Sim! Quer dizer, com o aprendiz dele, Presto. Ele nos disse que o mago foi viver como druida no bosque Lyemberth, na floresta alta. Aproveitaremos tudo, enquanto estamos procurando por ele no bosque vamos colher as cascas de árvore que precisamos para dar a Alexia. – Responde Alef.
- Ela precisa deles para fabricar um conjunto de gelo alquímico, que estará disponível para venda depois – Completa Graham.
-Estou com sono! – resmunga Nyx.
-Acalme-se pequenino, logo estaremos na estalagem e dormiremos – diz Izzvenn que é logo interrompido por Alef:
-E faremos uma deliciosa refeição! Passei o dia todo andando pela cidade, estou faminto!

Dia 2 de Tarsakh de 1479 DR – Primavera de Faerûn e dia do festival do plantio.

Ao amanhecer o clima na cidade é de tristeza, as ruas que normalmente estariam em festa por causa do festival do verão estão sem cores, sem vida, sem movimento. Os heróis acordam, se alimentam, se vestem e partem para o vilarejo de Brinth, que fica do outro lado do rio Rauvin.
Depois de atravessarem a ponte da cidade os heróis chegam ao vilarejo de Brinth. Podemos contar nos dedos quantas construções existem em Brinth, dez: uma taverna (o jarro e a taça), uma torre de pedra com a roda de moinho, e mais outras oito casas de pedra com telhado de palha, que cercam um espaço no centro do povoado onde há um poço. Parado de frente para a vila está um velho com roupas sujas com uma expressão preocupada olhando de um lado para outro como se esperasse alguém.
-Vê aquele velho. Podemos perguntar a ele o que aconteceu com o mago, ele deve ser o ancião da vila – Alef se apressa e fala para o ancião:
-Senhor ancião, deixe-me apresentar! Sou Alef Drake viajante! Eu e meus amigos procuramos por Aborákius um druida que agora vive no bosque Lyemberth, o senhor o viu?
-Ah não vi! – responde o velho, como se estivesse apressado e nervoso.
-Ele está com algum problema, parece nervoso e inquieto – Grahan sussurra quase para si. Izzvenn vai até o senhor e diz:
- Está precisando de alguma coisa senhor? Parece-me preocupado...
-Sim responde o senhor olhando para o horizonte, eu tenho um problema, estou preocupado com minha filha a senhorita Helliot. Eu temo que ela esteja perdida na floresta com essa praga, os animais estão morrendo e não conseguimos vender nada para a cidade, são tantos os problemas que não consigo ficar em casa parado, mas sou muito velho para ir até a floresta procurar minha filha.
-Quanto a sua filha fique tranqüilo, nós estamos indo para a floresta e me comprometo a trazê-la sã e salva. – Diz Izzvenn colocando as mãos no peito sobre a armadura, fazendo os velhos e enrugados olhos do senhor encher d’água.
-Não sei como agradecer, fariam mesmo isso por mim!? – Diz ele emocionado.
-Espere! Você disse que os animais estão morrendo? – Aelar se aproxima e questiona.
-Sim, deixe-me explicar melhor. Venham comigo...
Os heróis o seguem até um pasto cercado onde animais com as bocas sujas de uma tinta roxa exalando um cheiro doce, estão mortos:
-Meu nome é Gerno. Há dois dias os animais estão aparecendo assim, espiei durante a noite e vi criaturas feias menores que um hin**, vermelhas, carecas com dentes afiados e eles seguravam facas de cristal. Pela manhã senti um cheiro muito bom, quando fui ver o que era encontrei os animais assim, e eles continuam até hoje. Ontem minha filha desapareceu e eu não sei o que fazer, Aborakius deveria estar aqui hoje pela manhã, mas ele não veio, estou esperando ele para começar a cerimônia do festival do plantio...
-Velho tolo! Essas criaturas são gremlings vermelhos***, eles vivem em Feéria Escura e são servos dos drow e fomorianos. – Diz nyx nervoso.
-Hum! Já li a respeito no Forte da Vela!Os gremilins vermelhos se reproduzem de maneira assombrosa, e já nascem prontos para servir, por isso os fomorianos os criaram fazendo experimentos com gnomos. Eles devem ter se libertado da servidão em Feéria escura... Mas como?
-Não temos tempo para especulações, precisamos ir até a floresta, muito os aguarda lá. – encerra Grahan.
-Salvaremos sua filha. Não se preocupe senhor Gerno e desculpe-nos pelo Nyx, é o jeito dele.
Eles partem para o sul, e Aelar vai por último atento a tudo, observando cada detalhe do ambiente ao seu redor, sem chamar a atenção dos demais...

Os personagens caminham pelas planícies verdejantes e uma fina chuva começa a cair. As árvores da paisagem vão se tornando cada vez mais freqüentes e num piscar de olhos, eles entram numa floresta densa e escura, cheia de amoreiras e carvalhos com galhos retorcidos, alguns são tão antigos que seus galhos dão voltas em espiral penetrando e cortando toda a floresta. A grama é baixa e os arbustos com flores em tons de roxo já começam a nascer anunciando a primavera, um cheiro muito doce exala no ar, silvos e cantos como os de vozes doces podem ser ouvidos distantes.
-Esse lugar é estranho – Diz Izzven incomodado.
-Um pedaço do reino de Feéria nesse mundo – Diz Aelar agachado ao chão procurando alguma coisa.
-Sem dúvida um local fascinante! Digno das mais belas poesias... Até um ogro se inspiraria aqui... – diz Alef contemplando a floresta.
-Deixe de ser exagerado bardo! Você deveria estar acostumado a isso, seu povo vem daqui, ou pelo menos metade da sua família – Diz Nyx que ri sozinho.
Por aqui! – Aelar corre floresta à dentro sendo seguido calmamente por Grahan:
-Vamos, ele achou o caminho.

Seguindo Aelar os pjs são levados até uma clareira cortada por um precipício de 4,5m de uma ponta a outra, unidos por uma ponte de corda e madeira velha. Logo uma fumaça densa rosada e um cheiro muito doce e perturbador podem ser sentidos, assim como o som de gargalhadas agudas.
-O que é isso?! – diz Izzvenn desembainhando sua espada e brandindo seu escudo.
-São eles! Os gremilins vermelhos, esse cheiro é característico deles! Meus amigos, cuidado! Saquem suas armas! – Alerta Alef em tom poético.
Depois que a fumaça se desfaz seis criaturinhas pequenas vermelhas e agitadas surgem diante dos heróis, quatro delas seguram facas de cristal e usam tangas de pele de coelho e as outras duas seguram lanças com ponta de cristal amarradas em um bastão de carvalho.
-Vieram perturbar nossa liberdade! Ounsh! YeeecK! Acabem com eles!
Aelar saca o arco e atira rapidamente duas flechas, uma delas acerta o pé do gremilin que explode em sangue fazendo-o cair da ponte de madeira. E com a rapidez de um gato ele saca as espadas, pronto para o perigo iminente.
Nyx inicia a preparação de algum feitiço, ele entoa uma canção baixa e murmura consigo mesmo segurando sua varinha firmemente.
Alef aponta a espada para um dos gremilins na ponte e grita: “Caia criatura das trevas!”, ao ouvir isso a criatura parece ser atingida por um aríete, seus ouvidos sangram e ela cai da ponte gritando. Aelar empunha firmemente sua espada e corre para a ponte.
Um dos gremilins avança para atacar Alef, que corre com a adaga na mão em direção a ele e ao invés de atacá-lo salta sobre ele caindo do outro lado do precipício sendo recebido por um poderoso golpe de espada de Graham, que ao entoar uma prece baixa faz sua espada brilhar desintegrando o gremilin. Outro gremilin sorri na outra ponta para Alef e ele sabe que o perigo se aproxima, o gremling esta cortando as cordas da ponte para derrubá-la, quando Alef vira para trás para tentar escapar, a corda arrebenta e ele cai segurando a ponte, ouvindo a gargalhada do gremilin.
Izzvenn toma impulso numa corrida saltando o precipício: “Queimem com o sopro sagrado de Bahamut!”, a espada dele é inflamada por um fogo branco e ele acerta um dos gremilins, queimando-o. O gremlin lanceiro se apressa para vingar seu companheiro e atacar Izzvenn para tentar derrubá-lo do precipício, quando Nyx grita apontando a varinha: “Que as trevas de minha mente tornem-se veneno no seu corpo!” e a cabeça do gremlin incha e explode antes que ele consiga atacar Izzvenn.
Grahan ajuda a subir Alef, que só sofreu alguns arranhões, Izzvenn salta sobre o precipício carregando Alef e Nyx, enquanto Aelar e Grahan já estão do outro lado.
-Existem mais deles, devemos prosseguir com cuidado – Diz Aelar caminhando floresta adentro...

NOTAS

*Decidi mudar o nome de Silvanus, pelo menos no vilarejo. Cernnunnos aqui é igual o da mitologia céltica: http://pt.wikipedia.org/wiki/Cernuno - Gosto de fazer isso, pois sempre achei Ferûn um mundo muito ligado aos deuses . Na 4 ed. eles reduziram drasticamente o número de deuses e não gostei disso.
** Hin é o termo usado em Ferûn para designar os Halfling (hobbits) .
***Inventei os Gremlins vermelhos e usei as estatísticas de góblins para variar um pouco. Inclusive a ecologia deles, portanto nenhuma informação (pelo menos até onde eu conheço) não pode ser encontrada em lugar nenhum.

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Capítulo 1: A união dos heróis e o primeiro problema
Noite do dia 30 de Ches de 1479 DR – Inverno de Faerûn

Depois de saírem do castelo e de tomarem conhecimento dos problemas de Everlund Nyx e Alef pegam o caminho até a taverna, durante o caminho que fazem pela cidade começam a perceber como Everlund é bonita, a cidade tem ruas agradáveis e arborizadas, as casas são de pedra , suas paredes são baixas e canteiros para flores se espalham por todo o lugar (quando a primavera chegar eles estarão muito bonitos), os telhados são em forma de triângulo levemente côncavo o que dá um aspecto bucólico e pitoresco às construções de Everlund. A cidade é cortada por muralhas de pedra de 6m de altura com guarnições a cada Km de extensão, um ou dois guardas fardados com a armadura vermelha e estrela dourada, símbolo de Everlund, podem ser vistos nos bairros mais abastados. Ao caminharem pela avenida Denmarck eles se deparam com um monumento fantástico! A estátua de Elizabeth Denmarck, a avó de Lady Alice, que morreu nas batalhas contra os druidas que governavam a antiga Vila do Amanhecer (hoje Everlund). Eles atravessam os portões das muralhas do distrito do Ouro Verde, e passam para o distrito da Caneca Rachada, quando sua visão muda completamente, as casas tem a mesma graça da dos outros distritos, contudo são mais apertadas e as ruas são bem mais estreitas, não há ninguém nas nelas... É nesse cenário misterioso que Nyx e Alef vêem uma coisa muito estranha: Vultos rápidos com formas humanas saltam de casa em casa, seriam gatos! Se não fossem tão grandes e assustadores.
-Nyx! Viu isso! – diz Alef se sentindo estranho.
-Vi sim! Não sou cego! Devem estar nos seguindo, Grsh! Como se eu não tivesse problemas o suficiente para uma noite! Yahrg!
-Precisamos nos apressar! Onde é a taverna de Mama Diah!?
-Não sei! VOCÊ é o menestrel! Conhece tudo! Consiga uma solução depressa!
-Está bem. Pelo que está no pergaminho é virando esta rua, descendo a terceira escadaria, virando a esquerda, descendo a primeira à esquerda, pegando à dir...
-CHEGAMOS! – grita Nyx num surto de animação.
A taverna de Mama Diah é uma construção de pedra antiga com dois andares e uma torre cônica e larga. É espremida por duas outras construções, uma casa, e do outro lado um Depósito de grãos. Ao chegar perto da taverna um cheiro doce de comida pode ser sentido, e as luzes e o som (ainda que  tímido) da música primitiva* ecoam no recinto.
-Finalmente! – Alef respira aliviado e dá uma ultima olhada para trás enquanto Nyx entra na Taverna:
-O cheiro é maravilhoso, FOME! – Grita....

A taverna de Mama dia é espaçosa e cheia de tapetes. Um grande Lustre com “2 andares” de velas queimam iluminando os salões animados com a música e as altas gargalhadas. Crianças, velhos, mulheres e homens simples lotam a taverna com suas roupas de camponês e sua expressão de quem já trabalhou muitos anos, mas vivem muito felizes. Três figuras estranhas podem ser notadas: um elfo de cabelos verdes preso num rabo de cavalo, vestido com mantos verdes esfarrapados, forte e com cara de poucos amigos está sentado logo à frente da porta junto a uma criatura muito mais estranha: um homem muito alto, e forte com uma espada enorme nas costas, com um manto vermelho que lhe cobre a cabeça, permitindo que apenas a luz de seus olhos brilhantes seja vista de seu rosto. Ele usa um medalhão dourado com o símbolo de Kelemvor (uma mão esqueleto segurando uma balança, ele é o deus da justiça e ódio conta mortos vivos), ele não bebe nada e está de braços cruzados olhando para o nada. A terceira criatura é de causar arrepios, ainda mais estranha que Nyx e esses dois indivíduos juntos! É vermelho, grande, forte, possui dentes, escamas escarlates e garras afiadas em mãos poderosas que não param de segurar uma espada com o símbolo de um dragão prateado circulando a empunhadura (se você imaginou um homem com cauda, garras e cabeça de dragão, imaginou certo!). Ele está sentado no canto dos Salões e parece sempre muito bravo e não para de olhar para Nyx e Alef. Toda essa visão é interrompida de súbito por uma mulher branca com bochechas e nariz rosados e brilhantes, enormes olhos azuis e um grande sorriso que lhe cobre a face inteira:
-UOH! Boa Noite!  Senhor, em que posso serrrvi-la? Mama Diah, aos seus serrrrviços! Huh! Oh! Que criaturinha mais ... am... er... mais... engrrraçadinha! Mama Diah aperta as bochechas de Nyx, que faz uma cara de desapontamento:
-Da próxima vez que essa gorda velha fizer isso eu a mato com o veneno de Mil escorpiões! – ele resmunga.
-Tenha modos Nyx! Ela só fez carinho em você! – Sussurra Alef, cutucando Nyx com o cotovelo.
-Yargh! Velha! E você bardo, não me dê ordens!
-Sim! Oh! O que vão comerrr?! Ou vieram dormirrr!? O que vai serrr?!
Olhando a situação O elfo cochicha com seu companheiro:
-Que coisa mais estranha esses dois, não acha Grahan?
-Sim Aelar, eles estão fora do conceito das outras pessoas dessa vila, um para mais e outro para menos.
-Você quer dizer o bardo se comporta como um nobre, e o gnomo como um verme peçonhento, não é mesmo?
-Absolutamente. – responde Grahan de Maneira séria.
Nyx corre para um mural cheio de papéis pregados na parede, na mesa perto do homem dragão, enquanto Alef negocia uma mesa, comida e bebida para ele e Nyx. As pessoas olham para Nyx com um misto de espanto e comédia. Ele chega perto do draconato e vira a cara, num tom de desdém. O draconato se espanta, mas mantém a pose. Enquanto Nyx que é muito pequeno, se sente incomodado por não conseguir ler as mensagens no mural.
-Quer ajuda? – Diz o draconato tentando ser amigável. E antes que Nyx pudesse dizer alguma coisa, ele o suspende pela cintura na altura dos papéis.
-Consegue ler agora? – diz o Draconato com uma voz rouca e baixa.
-Não preciso da sua ajuda! Yahrg! – resmunga Nyx se debatendo em sinal de nervosismo.

-Ele é mesmo muito estranho... – salienta Aelar olhando disfarçadamente de sua mesa e esboçando um sorriso.
-Vê a varinha de carvalho negro em sua cintura? – Observa Graham.
-Sim, por quê?
-Ele manipula poderes obscuros, não se deixe enganar pela sua aparência frágil, o mesmo digo do outro que veio com ele. Eles são arcanos, não sei dizer o tamanho de seu poder, mas é melhor ficarmos atentos quanto a eles...

-Izzvenn Barash é meu nome, senhor...? – Pergunta Izzvenn tentando ser educado
-Não perguntei seu nome! Me solte! – Nyx se debate nervoso, então Izzvenn o coloca no chão aplacando sua fúria. Alef se aproxima de Izzvenn dizendo:
-Perdão pelo Nyx, é o jeito dele. Muito prazer senhor draconato, me chamo Alef Drake, sou o bardo!
-Meu nome é Izzvenn Barash do clã Barash de Thymanter. Sou paladino de Bahamut e viajante. É uma honra conhecê-lo.
-A honra é toda minha Izzvenn! – Diz Alef sendo cordial quando Nyx interrompe:
-Deixem disso! Yeck! Vocês não estão vendo, estão pagando para alguém ir à floresta e trazer de lascas de um carvalho negro para poções mágicas.
-Não temos tempo para isso Nyx! Estamos numa missão importante! – Alerta Alef.
-Que missão? Pergunta Izzvenn.
-NADA! – grita Nyx chamando a atenção. Ele olha envergonhado e cochicha com Alef:
-Não podemos falar disso! Yiek! É secreto! Secreto!
-Certo Izzven, porque não se junta conosco para uma refeição. Ali poderemos conversar melhor, não acha?
Alef, Nyx e Izzvenn sentam-se numa mesa perto da de Grahan e de Aelar, quando Mama Diah vê que a bebida deles acabou:
-Hum! Senhorrr Aelar e Senhorrrr Grahan desejam mais algum coisa?
-Não senhora.  Diz Aelar, Mama Diah senta-se à mesa deles:
-Oh! Viram aquele drrraconato? É de meter meda non!?
-Er... Antes que Aelar pedisse gentilmente para Mama Diah deixá-los em paz. Ela retorna a falar:
-Oh! Hum! Eu serrr um grrrande aventurreirrra aposentado e viver nesse taverna... vivi muitos aventurrras... combati drraagões imensas!!!!! Subi em castelos aterrorrrizantes!!!! E desci... – E Mama Diah continua a falar como se não houvesse amanhã... Deixando Grahan e Aelar constrangidos. Enquanto isso um garoto loiro e gorducho questiona a existência de Nyx e Izzvenn:
-Nossa você é mesmo um homem dragão vindo do oeste? E isso ai em cima da mesa é mesmo um gnomo?! Você nasceu de um ovo? Ele é algum tipo de goblin ou outra criatura medonha e pequena?
-Yeeeeck! Maldição! – Nyx puxa o gorro de modo que cubra seu rosto, ele está furioso... 

Já é noitinha, quando a porta da taverna é escancarada! Um vento frio entra pela porta apagando as velas deixando a sala na penumbra com a luz da lareira, junto ao vento surge uma jovem camponesa conhecida dos freqüentadores da Taverna.
-Oh! É apenas o Felícia... Felícia?! – indaga Mama Diah surpresa.
A garota está diferente seu semblante é de ódio, seus olhos possuem uma fúria descomunal, ela parece demasiado forte para uma adolescente e em sua mão ela segura uma tocha.
- Aaaaargh! A garota urra, com uma voz gutural, enchendo todos da taverna de medo, eles ainda tentam chamar pelo seu nome numa vã tentativa de recobrá-la de sua fúria. Felícia segura uma criança pelo pescoço e tenta enforcá-la, mas logo é impedida por Aelar que com reflexos de uma raposa salta em sua direção tentando agarrá-la, mas antes que pudesse fazê-lo... Tarde de mais! Felícia arremessa a tocha nos barris de vinho e um incêndio tem início! Rapidamente todos começam a sair da taverna em pânico, pelas janelas, porta e até pela despensa.
-Rápido! Por aqui! - Grita Alef se juntando ao Draconato para evacuar a taverna.
-Sejam rápidos! Com calma! Sem pânico! – Izzven tenta acalmar os clientes em pânico enquanto tenta organizar a situação.
Aelar segura firme a garota, mas ela está muito forte e quase o arremessa no chão quando Grahan chega para tentar segurá-la também! Ela grita e se debate enquanto é retirada por Aelar e Grahan da Taverna, eles a seguram e a amarram com uma corda bem firme. Todos já estão fora da taverna e olham aterrorizados o fogo consumir a taverna. Logo curiosos chegam de vários lugares para observar e perguntar o que aconteceu. Nessa hora Nyx já se encontra protegido próximo de Aelar, Grahan. Enquanto Alef e Izzvenn chegam:
-Todos estão bem?! – Pergunta Alef.
-Suponho que sim. – Responde Grahan. De repente, um choro de bebê seguido de um grito são ouvidos do andar de cima da taverna.
-Não pode ser! Tem alguém em perigo! – exclama Alef surpreso e antes que pudesse dizer outra coisa Aelar já está correndo para o perigo flamejante, seguido de Izzvenn.
-Ei! Gnomo! Fique aqui e mantenha os olhos atentos na senhorita Felícia – Diz Grahan calmamente.
-Detesto que me dêem ordens! Targh!
-Pare de resmungar Nyx! Eu também vou ajudar! – Exclama Alef Apressando-se e seguindo Grahan com um pouco de receio.
Dentro da taverna os gritos da mulher e seu filho se tornam cada vez mais ecoantes nos corações dos nossos heróis, num ímpeto de coragem, possuindo habilidades ou não eles estão se arriscando no calor de um incêndio.
Aelar usa sua perícia de elfo, seus pés leves e seus reflexos poderosos para ajudá-lo a escapar de ocasionais toras de madeira incandescente que caem do telhado, ele escapa com agilidade até saltar e se esquivar por entre os obstáculos flamejantes, tentando suportar um calor infernal chegando até o corredor dos quartos. Ao mesmo tempo Izzvvenn salta sobre as escadas e as toras que identifica como as mais fortes, para que aguentem seu peso, quando está entre a escadaria e um buraco, o qual deve saltar, ele consegue ver vultos saltando pelo telhado da taverna, embora ache tudo muito estranho ele chega onde Aelar está, e atento para ouvir a voz do garotinho identifica o som vindo dos quartos do fundo do corredor.
-Elfo! Por ali! –Ele grita para Aelar que imediatamente chega ao quarto com Izzvenn. Uma tora de madeira em chamas divide nossos heróis das duas vidas que não devem se extinguir agora.
Enquanto isso, Alef e Grahan vendo que não é possível subir, tentam apagar o fogo nas escadas suportando um calor enorme, para abrir caminho para Izzven e Aelar passarem de volta.
-Temos que abrir caminho para Izzven e Alef! Precisamos de Água! Precisamos apagar o fogo!  Ela deve ter um estoque, um barril... Qualquer coisa que tenha muita água...
-Eu procurarei!  - diz Grahan calmamente apesar da situação.
-E eu usarei o que tenho de melhor para essa situação! – diz Alef se dirigindo para fora:
-Ó povo de Everlund, não fiqueis parados aí! Movam seus corações para uma pobre mulher que vai perder seu filho! Ajudem tragam água de onde puderem! – os curiosos logo se apressam em pegar água. Grahan usa água da taverna enquanto Alef usa água dada pelas pessoas na rua, assim eles conseguem conter o avanço do fogo, logo a taverna cairá e nada restará da taverna de Mama Diah, que só consegue gritar e praguejar desesperada lá fora:
-Maldiçon! Meus investimentos!!!!

Aelar e Izzvenn estão em apuros logo eles morrerão junto com a mulher e seu filhinho inocente, ainda de colo. Apenas alguns minutos se passaram e Aelar num impulso de coragem salta por cima da tora, apoiando seus pés na mobília quebrada que se parte com o leve impacto dos seus pés de elfo. No ar ele segura o que pode: o menino, que a mãe segurava rente a janela para que ele possa respirar, ele segura o menino, atravessa a janela, derrapa e salta pelo telhado caindo em pé, como um gato ao chão se agachando para proteger o menino de colo que chora num surto de vida e inocência.
-Agora posso morrer em paz, irei para o lado de meus antepassados, que meu filho seja bem cuidado! – Proclama a mulher em pranto, ao ver àquela cena, Izzvenn desembainha sua espada e num grito à Bahamut ele parte a tora flamejante ao meio penetrando nas chamas remanescentes heroicamente, envolvendo a mulher muito debilitada em seus braços com o escudo de modo que ela não se queime e volta dando um salto para onde Grahan e Aelar estão com baldes d’água evitando que o fogo se alastre ainda mais. Ele corre para fora da taverna que começa a tremer.
- Rápido! Precisamos sair daqui, está pegando fogo! Vai cair! Vamos companheiro! – Exclama Alef se referindo a Grahan por não saber seu nome.

Do lado de fora as pessoas gritam e aplaudem o ato heróico. Em meio àquela agitação toda, a mulher se aproxima de Aelar que lhe entrega o Bebê.
-Não sei como agradecer o seu heroísmo – Diz a mulher chorosa e feliz com o choro do seu bebê.
-Não agradeça! Não há recompensa melhor do que seu filho e você, é claro, com vida. Izzven acena com a cabeça aprovando o comentário de Alef. Nyx se aproxima:
- Você poderia nos dar algo de valor em troca do seu bebê, dinheiro sempre é bem vindo e vai nos ajudar a ajudar outras pessoas. Shriek! – A mulher tira um anel de ouro das mãos, quando é interrompida pelo gesto de Izzvenn que coloca suas garras sobre as mãos delicadas e pequenas da mulher, ela olha para ele e Aelar, e diz:
- É o mínimo que posso fazer por terem salvado meu bebê.
-Isso mesmo! É o mínimo! – diz Nyx nervoso.
- Absolutamente, não! – diz Grahan colocando um ponto final na discussão. A mulher faz uma reverência e agradece aos heróis mais uma vez, antes de partir. Mama Diah lamenta a perda de sua taverna chorando muito.
-Meu taverna! Arruinado! Arruinado! Que o veneno de mil dragões verdes recaia sobre o garganta de Felícia!
-Ela não tem culpa de nada estava, sobre domínio da fúria mágica. – diz Alef tentando acalmá-la.
Grahan, Aelar, Nyx e Izzvenn se aproximam de Alef.
-O que seria essa fúria mágica? – indaga Aelar
-Eu explico, acho que depois de hoje vocês merecem saber de tudo. – Diz Alef deixando Nyx furioso.
              A noite se estende longa e fria, mas o inverno está se despedindo. Logo chega a primavera e com ela mais histórias de heroísmo.


*Música celta, é muito legal. Procurem por Omnia e Faun, são as bandas que eu conheço e uso nas sessões*

terça-feira, 19 de julho de 2011

Reporte da Campanha: O retorno - Prólogo

Os Heróis:

Alef Drake (Bardo, Meio-elfo; Judne): sempre acostumado a viver uma vida de aventuras. Numa de suas últimas paradas (Lua Argêntea) foi encarregado de levar Nyx (ver abaixo) numa missão para ajudar o povo de Everlund.



Aelar Eytan (Patrulheiro, Elfo das florestas; Alexandre): Vindo de VIlhon Selvagem Aelar está determinado a buscar uma cura para a praga-mágica, ou se possível erradicá-la do mundo.


Grahan  Hawl (Vingador, Deva; Valdner): Nascido em rastro élfico, Grahan aprendeu a odiar os mortos vivos que assolam àquela região. Sentiu que estava ligado, de alguma forma, ao fim a morte e por isso, quando viajou para Everlund em busca do seu destino, achou um nome para o que sentia dentro de si: Kelemvor.

Izzvenn Barash (Draconato, Paladino de Bahamut; Leandro): Vindo de uma tradicional família de Draconatos, Izzvenn é a ovelha negra da família por ter escolhido um caminho diferente da “norma”. Enquanto seu irmão é um valoroso Guerreiro ele se apegou a uma divindade nativa de Faerûn e se tornou Paladino. 








Prólogo: O infortúnio de Everlund.

29 de Ches de 1479 DR – Inverno de Faerûn

                É inverno em Faerûn! As planícies outrora verdejantes das colinas de Luruar estão agora cobertas pelo manto branco e aveludado da neve, seus carvalhos estão sem folhas e os pássaros se foram, mas este não é o inverno mais rigoroso que eles já tiveram. Logo chegará a primavera e com ela as flores e os pássaros. O degelo já começou e quem é viajante pode perceber o verde tímido nascendo nos carvalhos.
O conselho de Everlund, uma cidade próspera de Luruar, se reúne para tomar uma decisão importante. Uma grande mesa redonda de carvalho e um Salão oval com púlpitos em plataformas de pedra formam os Salões da Manhã, localizados no palácio da Pedra do Corvo, lar de Lady Alice Denmarck uma mulher de 28 anos, bonita, ruiva e com uma postura nobre, que senta-se à frente do conselho acompanhada de Albertus, seu fiel conselheiro. Os doze senhores que fazem parte do conselho são ricos mercadores de Everlund, eles estão reunidos para uma sessão de emergência anunciada por Lady Alice no dia anterior:
- Senhores do conselho! Eu Alice Denmack declaro esta sessão aberta! Convoquei-vos, pois todos aqui sabem que nossa cidade passa por problemas sérios com os jovens. Eles estão sendo vítimas de um mal súbito e inesperado de fúria, certamente uma maldição que faz com que estes jovens ataquem as primeiras pessoas ou coisas que vejam pela frente, já sabemos que alguns de nossos conselheiros já saibam do que se trata. Diz Lady Alice de modo sério e confiante como um golpe de adaga.
- Milady! Eu falo em nome de meus colegas! Noites em claro passei para tentar pensar numa solução para este problema, mas não vejo alternativa alguma que possa ser bem sucedida - Admite Richmond. Lady Alice levanta-se e diz, erguendo uma sobrancelha:
-Sabia que iriam vir aqui sem nada em mente, e suponho que semelhante ao Senhor Richmond, vocês só pensam em encher os seus bolsos de dinheiro, e nada mais! Todos os membros do conselho se calam diante de tal verdade, confirmando o desabafo de Lady Alice, que parece muito nervosa, apesar de fazer um enorme esforço para não transparecer seus sentimentos. Ela continua:
-Ontem recebi uma carta de Fochlucan em Luruar em resposta ao pedido de ajuda que enviei. De lá eles mandaram dois de seus mais proeminentes estudantes recém-ordenados,  Nyx e Alef! - O sino toca para que eles entrem. Nyx é um gnomo pequeno (80cm) magro e esguio, muito feio com cabelos embaraçados e nariz proeminente, ele veste um casaco marrom e usa um gorro listrado, e está sempre segurando um galho de carvalho enegrecido (provavelmente sua varinha), parece estar resmungando consigo mesmo com uma expressão de desdém na face. A antítese de Nyx, Alef é um meio-elfo jovial e bem vestido, se porta de maneira elegante, tem cabelos negros e carrega um belo alaúde entalhado com motivos característicos das terras do sul: ondas em espirais, que fazem alusão ao Mar sem Rastros e a Costa da Espada. Eles são recebidos com surpresa pelos membros do conselho e logo são questionados pelas suas habilidades:
-Hum, hora vejam só! Então eles nos enviam estudantes de magia para resolver um problema digno de verdadeiros Acadêmicos das mais grandiosas escolas. Sem desmerecê-los é claro! Diz Fídios, um sarcástico membro do conselho. 
Ao ouvir isso Nyx é tomado de fúria, ele franze a testa e olha para Fídios num tom ameaçador. Enquanto Alef, examinando a situação tenta apaziguar os ânimos:
-Bem Lady Alice, e senhores do conselho – fazendo uma reverência – Não sou da escola, eu venho do Sul e sou apenas um bardo viajante. Nyx não é um estudante de magia, ele completou os estudos dele, se me permitem a pequena correção.
-SIM! Correção! Falou certo! Grahsh! Eu não suporto velhos arrogantes, que pensam que sabem de mais! E ficam subestimando nossa... quer dizer: MINHA! Capacidade! Shriek! Hum! Afirma Nyx, causando a ira dos membros do conselho, sendo imediatamente interrompido por Lady Alice:
-Mais respeito com os membros do conselho gnomo! Ou retiro você da cidade antes que possa grasnar de novo!
 Nyx tomado pela ira novamente quando  é interrompido por Alef que sussurra algo para Nyx e ele, por enquanto, se acalma. Alef continua dizendo:
-Peço perdão Lady Alice, senhores do conselho, pelo Nyx, é o jeito dele – ficando sem graça – Bem! Nós ficamos a par do problema e precisamos de tempo para investigar, acabamos de chegar na cidade e não temos nenhuma pista a não ser a descrição de Lady Alice do problema. 
Em resposta Lady Alice afirma:
-Então darei o tempo que precisam para que investiguem, enquanto isso, anunciarei por decreto uma medida de emergência, nenhum jovem pode circular pelas ruas de Everlund, devendo estar presos em suas casas enquanto nossos estudiosos não acham nenhuma solução. Sob punição de passar de prisioneiros de suas casas à prisioneiros da Masmorra do castelo.
 Os senhores do conselho começam a discutir o resultado das medidas tomadas por Lady Alice, enquanto Albertus (um velho homem de barba longa e branca) vem conversar com Nyx e Alef, enquanto a sessão é informalmente encerrada com a saída de Lady Alice para seus aposentos.
-Senhor Alef! – Diz ele.
-Estou me sentindo excluído da vista desse velho! Será que estou invisível. Resmunga Nyx.
-Sim senhor Albertus, o que deseja? Íamos nos retirar para a taverna. Lady Alice disse que contratou os serviços da taverna da Mama Diah (Diá) para que nos preparasse aposentos decentes.
-Antes de se retirar, me permita um esclarecimento!
-Sim com toda a certeza.
-Lady Alice pediu ajuda da escola pois o único estudioso da cidade, o mago Aborákios abandonou a cidade para viver como um druida na floresta alta, ao sul, o único que restou foi o aprendiz dele o Mago Presto. Ninguém achou Aborakios, falem com Presto e se acharem Aborakios ele pode ajudá-los! Era meu amigo e tenho certeza que fará algo por Everlund.
-Obrigado Senhor Albertus tenho certeza que o encontraremos. Até a vista! – Com isso Alef e Nyx partem do castelo...


Observações:
*Como a idéia dos reportes das aventuras é recente tive que adaptar as sessões antigas, com o texto do que eu me lembrava.
*Os links para as imagens completas dos personagens segue abaixo?

Aelar: